Fisioterapia pélvica: entenda as indicações

11 de novembro de 2025

A fisioterapia pélvica é uma especialidade que tem ganhado cada vez mais destaque por seus benefícios na saúde íntima e funcional das mulheres.

Voltada para o cuidado do assoalho pélvico, ela atua tanto na prevenção quanto no tratamento de disfunções que afetam a qualidade de vida, como a incontinência urinária e a dor pélvica.


Além disso, essa abordagem é essencial durante a gestação e o pós-parto, auxiliando na preparação do corpo para o parto e na recuperação da força muscular após o nascimento do bebê. 


Continue lendo para saber mais!


O que é a fisioterapia pélvica e qual é o seu objetivo?


A fisioterapia pélvica é uma especialidade da fisioterapia voltada para a avaliação e o tratamento das disfunções do assoalho pélvico.


O assoalho pélvico é um conjunto de músculos, ligamentos e tecidos que sustentam órgãos como a bexiga, o útero e o reto. 


Seu principal objetivo é restaurar a força, a coordenação e o controle dessa musculatura, prevenindo ou tratando condições.


Pode ser indicada tanto de forma preventiva, por exemplo, durante a gestação e o pós-parto, quanto como parte essencial do tratamento de alterações já instaladas. 


Assim, por meio de técnicas manuais, exercícios específicos e, em alguns casos, o uso de recursos como biofeedback e eletroestimulação, ela contribui para o fortalecimento da região e melhora da qualidade de vida e da confiança corporal das pacientes.


Quais são as principais condições que podem se beneficiar da fisioterapia pélvica?


A fisioterapia pélvica pode trazer benefícios importantes em diversas condições que afetam as mulheres. As principais incluem:


  • Incontinência urinária: ajuda a fortalecer os músculos do assoalho pélvico e recuperar o controle urinário;
  • Prolapso genital (bexiga, útero ou reto caídos): auxilia na sustentação dos órgãos pélvicos, reduzindo sintomas e prevenindo piora do quadro;
  • Disfunções sexuais: melhora a lubrificação, o prazer sexual e reduz a dor nas relações;
  • Dor pélvica crônica: promove relaxamento e equilíbrio muscular, diminuindo desconfortos persistentes na região pélvica;
  • Recuperação pós-parto: fortalece a musculatura enfraquecida pela gestação e pelo parto, prevenindo incontinência e frouxidão vaginal;
  • Reabilitação após cirurgias ginecológicas ou urológicas: contribui para a recuperação funcional e para o retorno às atividades normais;
  • Constipação intestinal e incontinência fecal: melhora o controle e o funcionamento dos músculos responsáveis pela evacuação.


Quais técnicas são utilizadas durante as sessões? 


Durante as sessões de fisioterapia pélvica, o tratamento é individualizado e pode envolver diferentes técnicas, de acordo com a avaliação da fisioterapeuta especializada e as necessidades da paciente. 


Entre as abordagens mais utilizadas estão os exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel, que ajudam a melhorar o tônus e o controle muscular. 


Também podem ser utilizados recursos de biofeedback, que fornecem um retorno visual ou auditivo sobre a contração dos músculos, facilitando o aprendizado e a correção dos movimentos.


A eletroestimulação é outra técnica bastante empregada, utilizando estímulos elétricos leves para ativar a musculatura pélvica e melhorar sua força e resistência.


Além disso, o tratamento pode incluir técnicas manuais, orientações posturais e treino de hábitos miccionais e evacuatórios saudáveis. 


Todas essas estratégias são aplicadas de forma segura, visando restaurar a função do assoalho pélvico, aliviar sintomas e promover qualidade de vida. 


A fisioterapia é benéfica para as gestantes? Quais cuidados a paciente deve tomar? 


Sim, a fisioterapia é benéfica para gestantes e podemos iniciá-la em diferentes fases da gestação.


Os exercícios supervisionados por um fisioterapeuta especializado ajudam a melhorar a postura, aliviar dores lombares, prevenir a incontinência urinária e fortalecer o assoalho pélvico.


Isso contribui para um parto mais seguro e uma recuperação mais rápida no pós-parto.


Porém, é fundamental que a paciente tenha acompanhamento individualizado.


Certas condições, como risco de parto prematuro, sangramentos vaginais, hipertensão não controlada ou histórico de aborto espontâneo, exigem cuidados especiais ou restrição de exercícios. 


Por isso, antes de iniciar qualquer programa de fisioterapia, é essencial obter a liberação da obstetra e seguir as orientações do fisioterapeuta especializado em saúde pélvica.


Em quais situações ela é indicada para mulheres no pós-parto? Como  atua na recuperação da função do assoalho pélvico?



Indicamos a fisioterapia pélvica no pós-parto para mulheres que apresentam sintomas como incontinência urinária, sensação de peso na região pélvica, dor durante a relação sexual, dificuldade de evacuação ou fraqueza abdominal. 


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Esse tipo de fisioterapia tem como principal objetivo restaurar a força, a coordenação e a função dos músculos do assoalho pélvico, que podem ser afetados durante a gestação e o parto.


Isso ocorre especialmente após partos vaginais, em que há maior distensão muscular e risco de lesões.


No nosso blog, temos um artigo completo sobre incontinência urinária no pós-parto, acesse para entender melhor!


Além disso, o trabalho fisioterapêutico contribui para a recuperação da postura e da estabilidade lombar, favorecendo o retorno às atividades diárias com mais conforto e segurança. 


Por que é importante buscar a orientação da uroginecologista antes de iniciar o tratamento?


Antes de iniciar qualquer tratamento de fisioterapia pélvica, é indispensável buscar a orientação da ginecologista. 


Isso porque, muitas disfunções do assoalho pélvico podem ter causas variadas, como alterações hormonais, partos traumáticos, cirurgias prévias ou condições ginecológicas.


Dessa forma, o quadro exige uma avaliação detalhada para determinar o melhor tratamento.


A ginecologista é a profissional capacitada para identificar possíveis doenças associadas, solicitar exames complementares quando necessário e encaminhar a paciente à fisioterapia com um diagnóstico preciso.


Além disso, o acompanhamento médico durante o processo permite monitorar a evolução do quadro e ajustar o tratamento sempre que necessário. 



Então, antes de iniciar a fisioterapia pélvica, agende uma consulta com a uroginecologista para cuidar da sua saúde íntima de forma completa!


Dra. Camila Poccetti Ribeiro

Médica ginecologista e obstetra especialista em Uroginecologia

 

Conheça a formação da Dra. Camila:

  • Graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp);
  • Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM;
  • Especialização em Uroginecologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM.

 

A Dra. Camila Poccetti atende em seu consultório em São Paulo, no bairro Itaim Bibi, e oferece uma consulta completa, individualizada e humanizada para mulheres nas mais diversas fases de suas vidas!

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