Frouxidão vaginal: o que é, causas e como tratar

16 de outubro de 2025

A frouxidão vaginal é uma condição íntima que muitas mulheres enfrentam ao longo da vida, especialmente após o parto, durante a menopausa ou em situações que fragilizam o assoalho pélvico. 

Esse problema caracteriza-se pela perda de tonicidade e sustentação da região vaginal, podendo gerar muitos desconfortos.


Mais do que uma questão estética, trata-se de uma questão que pode comprometer a autoestima, a vida sexual e a qualidade de vida da mulher, tornando importante o acompanhamento com a ginecologista.


A especialista poderá fazer a avaliação e indicação do tratamento mais adequado, que pode variar desde exercícios e fisioterapia pélvica até procedimentos minimamente invasivos.


Continue lendo para saber mais!


O que é a frouxidão vaginal e como ela afeta a saúde da mulher?


A frouxidão vaginal é uma condição caracterizada pela perda de tonicidade e elasticidade dos músculos e tecidos da região vaginal.


Isso pode ocorrer devido a fatores como envelhecimento, gestações, partos vaginais e alterações hormonais, especialmente a queda dos níveis de estrogênio. 


A perda de firmeza pode impactar a saúde íntima da mulher em diferentes aspectos, como a diminuição da sensibilidade durante a relação sexual, a redução da lubrificação natural e, em alguns casos, a sensação de peso ou de alargamento na região pélvica. 


Além disso, a frouxidão vaginal pode estar associada a quadros de incontinência urinária leve, já que os músculos do assoalho pélvico, responsáveis pelo suporte da bexiga e do útero, também podem ser afetados. 


A frouxidão vaginal pode acontecer após o parto? Quais fatores aumentam o risco dessa condição? 


Sim, a frouxidão vaginal pode acontecer após o parto, principalmente nos casos de parto normal, já que a passagem do bebê pelo canal de parto provoca um estiramento da musculatura e dos tecidos do assoalho pélvico. 


Embora seja uma condição natural do processo de nascimento, a recuperação da tonicidade varia entre as mulheres. 


Alguns fatores no pós-parto aumentam o risco de frouxidão vaginal, confira abaixo:


  • Número de gestações e partos múltiplos, que sobrecarregam o assoalho pélvico;
  • Peso elevado do bebê ao nascer, aumentando a pressão sobre os músculos vaginais;
  • Uso de fórceps ou outras intervenções obstétricas, que intensificam o estiramento dos tecidos;
  • Lacerações perineais ou episiotomia, que podem comprometer a integridade muscular;
  • Idade materna avançada, já que a elasticidade dos tecidos diminui com o tempo;
  • Alterações hormonais durante a amamentação, principalmente pela queda nos níveis de estrogênio, que reduzem a lubrificação e a elasticidade vaginal.


Como identificar os sinais e sintomas da frouxidão vaginal?


A frouxidão vaginal é uma condição que muitas vezes passa despercebida, mas pode impactar a saúde íntima, a autoestima e até as relações sexuais da mulher. 


Assim, é preciso estar atenta aos seguintes sinais:


  • Sensação de alargamento vaginal, especialmente após o parto;
  • Diminuição da sensibilidade durante as relações sexuais, com possível redução do prazer;
  • Dificuldade em manter o uso de absorventes internos, que podem escapar facilmente;
  • Sinais de incontinência urinária, como perdas involuntárias de urina ao tossir, espirrar ou praticar exercícios;
  • Sensação de pressão ou peso na região pélvica, que pode se intensificar ao longo do dia;
  • Redução da lubrificação vaginal, principalmente em períodos de alterações hormonais como pós-parto ou menopausa.


O diagnóstico precisa de exames ou pode ser feito apenas em consulta clínica?


O diagnóstico da frouxidão vaginal pode ser feito durante a consulta clínica com a uroginecologista, a partir da anamnese detalhada.


Assim, escutamos o relato da paciente acerca dos sintomas e realizamos exame físico ginecológico.


Ele nos permite avaliar a tonicidade da musculatura vaginal e possíveis alterações associadas, como leve incontinência urinária ou prolapsos. 


Em muitos casos, não é necessário nenhum exame complementar para confirmar a condição, já que a avaliação clínica costuma ser suficiente. 


Quais são os tratamentos disponíveis?


Em casos mais leves, exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, orientados por fisioterapia pélvica, costumam trazer bons resultados, ajudando a recuperar o tônus muscular e melhorar a função íntima. 


Em situações em que o fortalecimento muscular não é suficiente, recursos tecnológicos como radiofrequência e laser vaginal são bastante eficazes.


Eles promovem estímulo de colágeno e aumento da firmeza da mucosa, o que melhora a tonicidade e a sensibilidade local. 


Quer entender melhor as indicações e funcionamento do laser vaginal? Confira esse artigo em nosso blog!


Para casos mais acentuados ou quando há associação com prolapsos genitais importantes, podemos indicar a cirurgia reparadora para restaurar a anatomia vaginal e corrigir alterações estruturais do assoalho pélvico. 


O procedimento, geralmente realizado por via vaginal, envolve o reforço da musculatura e dos tecidos de sustentação do assoalho pélvico, além da correção da abertura vaginal alargada. 


Essa reconstrução devolve maior tonicidade à região, podendo melhorar a sensibilidade, a função sexual e a qualidade de vida da paciente.

 

Trata-se de uma técnica segura e eficaz, especialmente indicada para mulheres adultas que apresentam sintomas após gestações, envelhecimento ou alterações hormonais.


Portanto, fazemos a escolha do tratamento considerando os sintomas relatados, a fase da vida da mulher e suas expectativas.


É possível prevenir a frouxidão vaginal ou retardar sua evolução? 


A frouxidão vaginal pode ser prevenida ou ter sua evolução retardada com alguns cuidados simples ao longo da vida.



Recomendamos a prática regular de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, a atenção ao controle do peso, a adoção de hábitos saudáveis e o acompanhamento ginecológico periódico. 


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No pré e pós-parto, a fisioterapia pélvica também é importante tanto na recuperação da tonicidade quanto na prevenção de complicações futuras. 


Lembramos que procurar a uroginecologista é essencial sempre que a mulher perceber sinais como sensação de alargamento vaginal, perda de sensibilidade nas relações, escapes urinários ou desconforto na região pélvica. 


Quanto antes for feita a avaliação, maiores são as chances de sucesso com medidas menos invasivas. 



Portanto, se você tem notado alterações ou deseja prevenir complicações, agende sua consulta com a Dra. Camila Poccetti para uma avaliação personalizada!


Dra. Camila Poccetti Ribeiro

Médica ginecologista e obstetra especialista em Uroginecologia

 

Conheça a formação da Dra. Camila:

  • Graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp);
  • Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM;
  • Especialização em Uroginecologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM.

 

A Dra. Camila Poccetti atende em seu consultório em São Paulo, no bairro Itaim Bibi, e oferece uma consulta completa, individualizada e humanizada para mulheres nas mais diversas fases de suas vidas!

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