Você sente sua bexiga caída? Consulte a uroginecologista!

9 de outubro de 2025

Você já sentiu um peso ou pressão na região íntima, como se algo estivesse “caindo”? 

Esse sintoma pode estar relacionado ao prolapso de bexiga, também conhecido como “bexiga caída”.


Essa é uma condição mais comum do que muitas mulheres imaginam, especialmente após a gestação e o parto. 


Apesar de gerar desconforto, dificuldade para urinar e até impacto na vida sexual, ainda é um tema cercado de tabus, o que faz com que muitas pacientes deixem de procurar ajuda. 

A boa notícia é que existem tratamentos modernos para esse problema e a consulta com a uroginecologista é o primeiro passo para entender o que está acontecendo e recuperar sua qualidade de vida.


Afinal, o que é o prolapso de bexiga (ou bexiga caída)?


O prolapso de bexiga, também chamado de cistocele ou “bexiga caída”, é uma condição em que a bexiga desce em direção à vagina devido ao enfraquecimento dos músculos e tecidos que sustentam o assoalho pélvico. 


Esse problema acontece quando as estruturas de suporte perdem sua firmeza, o que pode ocorrer por diversos motivos. 


Esse deslocamento pode provocar sintomas como sensação de peso ou pressão na região íntima, incontinência urinária, entre outros.


Quais são as principais causas dessa condição? 


As principais causas do prolapso de bexiga estão relacionadas ao enfraquecimento dos músculos e tecidos de sustentação do assoalho pélvico. 


Entre elas, destacamos:


  • Parto vaginal: especialmente múltiplos partos ou partos de bebês grandes, que aumentam a pressão sobre o assoalho pélvico;
  • Envelhecimento e menopausa: a queda dos níveis de estrogênio reduz a elasticidade e a força dos tecidos de sustentação;
  • Cirurgias ginecológicas: como a histerectomia, que pode alterar a estrutura de suporte da bexiga;
  • Aumento da pressão abdominal crônica: tosse persistente, constipação crônica ou levantar peso com frequência contribuem para a fraqueza da musculatura;
  • Obesidade: o excesso de peso aumenta a pressão constante sobre a pelve;
  • Predisposição genética: algumas mulheres têm tecidos naturalmente mais frágeis, o que favorece o aparecimento do prolapso.


Por que esse quadro é mais comum após o parto?


O prolapso de bexiga é mais comum após o parto porque a gestação e, principalmente, o parto vaginal exercem grande pressão e estiramento sobre os músculos, ligamentos e tecidos que sustentam o assoalho pélvico. 


Durante a gravidez, o peso do útero já fragiliza essas estruturas e, no momento do parto, o esforço e a passagem do bebê podem causar lesões nos nervos e fibras musculares da região. 


Isso faz com que, ao longo do tempo, a bexiga possa perder seu suporte adequado e descer em direção à vagina. 


O risco aumenta em mulheres que tiveram múltiplos partos vaginais, partos de bebês grandes, trabalhos de parto prolongados ou uso de instrumentos como fórceps, embora o prolapso também possa ocorrer após cesariana. 


Além disso, fatores associados ao pós-parto, como a queda dos níveis hormonais e a demora na recuperação da musculatura pélvica, contribuem para que essa condição seja mais frequente nesse período da vida.


Quais são os sintomas associados à bexiga caída?


Os principais sintomas do prolapso de bexiga podem variar de leves a intensos, dependendo do grau da condição. 


Entre os mais comuns estão:


  • Sensação de peso ou pressão na pelve;
  • Abaulamento ou saliência na vagina, que pode ser percebido ao toque ou até visível em casos mais avançados;
  • Dificuldade para esvaziar a bexiga completamente;
  • Incontinência urinária, com escapes de urina ao tossir, rir ou praticar exercícios;
  • Urgência urinária ou aumento da frequência para urinar;
  • Infecções urinárias recorrentes;
  • Desconforto durante a relação sexual;
  • Sensação de algo “caindo” ou saindo pela vagina, principalmente ao ficar em pé ou fazer esforço físico.


Como realizamos o diagnóstico dessa condição?


O diagnóstico do prolapso de bexiga é feito, principalmente, durante a consulta clínica com a uroginecologista, que avalia os sintomas relatados pela paciente e realiza um exame físico ginecológico. 


Nesse exame, observamos o grau de deslocamento da bexiga em direção à vagina, geralmente pedindo para a mulher realizar esforço, como tossir ou fazer força, o que ajuda a evidenciar o prolapso. 


Em alguns casos, podemos solicitar exames complementares, como o estudo urodinâmico, para avaliar a função da bexiga e identificar possíveis alterações associadas, como incontinência urinária. 


Em situações específicas, também podemos indicar o uso de exames de imagem, como ressonância magnética, para detalhar melhor as estruturas pélvicas. 


A combinação da avaliação clínica e dos exames auxilia no diagnóstico preciso, fundamental para definir o tratamento mais adequado de acordo.


Quais são as principais opções de tratamento para a bexiga caída?


O tratamento do prolapso de bexiga varia de acordo com a intensidade dos sintomas e o grau do deslocamento. 


Em casos leves, podemos optar pelo acompanhamento clínico e pela fisioterapia do assoalho pélvico, que fortalece a musculatura e ajuda a reduzir os sintomas. 


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O uso de pessários vaginais, dispositivos que oferecem suporte interno à bexiga, também é uma alternativa não cirúrgica bastante eficaz para muitas mulheres. 


Porém, quando o prolapso é mais avançado ou os sintomas comprometem bastante a qualidade de vida, podemos indicar a cirurgia para reparar e reforçar os tecidos de sustentação. 


Além disso, sugerimos mudanças de hábitos, como controle do peso, evitar esforços excessivos e tratar a constipação, para prevenir a progressão do problema. 


Reforçamos que cada caso deve ser avaliado individualmente pela uroginecologista, que indicará a melhor abordagem para cada paciente. 



Então, se você apresenta sintomas de bexiga caída ou deseja esclarecer dúvidas sobre essa condição, agende sua consulta e receba uma avaliação personalizada com a especialista!


Dra. Camila Poccetti Ribeiro

Médica ginecologista e obstetra especialista em Uroginecologia

 

Conheça a formação da Dra. Camila:

  • Graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp);
  • Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM;
  • Especialização em Uroginecologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) – EPM.

 

A Dra. Camila Poccetti atende em seu consultório em São Paulo, no bairro Itaim Bibi, e oferece uma consulta completa, individualizada e humanizada para mulheres nas mais diversas fases de suas vidas!

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